30 de dezembro de 2011

Ela é criativa


Ela faz roupas de linho fino, e vende-as, e dá cinta aos mercadores. (Provérbios 31:24)

Se você ler todos os versículos que falam da Mulher V, chegará à conclusão de que alguns deles são semelhantes. Mas... e se não forem? À primeira vista, pode até parecer que eles estejam dizendo a mesma coisa, mas se você analisar bem, vai ver que se trata de coisas bem diferentes.

Quando olhou à sua volta e viu que o linho estava em alta, ela não perdeu tempo: fez, vestiu e vendeu roupas de linho - e ainda aproveitou as sobras de tecido para fazer cintas e vendê-las aos mercadores.

Em outras palavras, a Mulher V era criativa. Ela não levava muito tempo para ter ideias novas - o que aliás é uma qualidade indispensável nos dias de hohe, especialmente quando somos constantemente tentadas a desperdiçar horas no Facebook, MySpace, Twitter, MSN, Orkut, etc.

Precisamos pensar rapidamente e ser criativas. Isso não significa que não possamos navegar ou bater papo na internet de vez em quando; mas quando essas coisas tomam o nosso precioso tempo, acabamos fazendo apenas as coisas básicas. Não temos tempo para a criatividade.

Certifique-se de que tudo o que você faz tenha um propósito. Se você está lendo este livro é porque quer ser uma mulher melhor. Se está no Facebook, é porque quer compartilhar coisas boas com outras pessoas e, quem sabe, glorificar o Senhor Jesus ao mesmo tempo.

A mulher que é criativa também é ousada, e às vezes pode até parecer um pouco extravagente, sem que essa seja a sua intenção. Ela é criativa em tudo o que faz. Se está se vestindo pela manhã, ela é criativa. Se está arrumando a sua casa, é criativa. Se está saindo com uma amiga, também é criativa. Resumindo: ela usa a sua criatividade em tudo o que faz e onde quer que esteja.


Na verdade, essa é uma excelente dica para aquelas que ficam ociosas facilmente. No momento em que você começa a usar a sua criatividade para executar as suas tarefas, põe um ponto final na rotina e consegue até se divertir com o que faz.

A Mulher V é divertida, nunca chata. Ela está sempre evoluindo, sempre em busca de coisas novas e excitantes; por causa disso, as pessoas se sentem atraídas por ela. Ela é do tipo que lhe dá um empurrãozinho para se tornar uma mulher mais intrépida e diferente sem que você se sinta desconfortável.

CRIATIVIDADE: MATA O ÓCIO E ABRE MUITAS PORTAS

Eu tive de desenvolver a minha criatividade para evitar uma das coisas que mas desprezo: rotina. Aos 17 anos, me casei com o homem dos meus sonhos, e dei início à vida que havia planejado para mim desde criança. Casei-me com um pastor, e isso significava que viveria o resto da minha vida como uma oferta para Deus no Altar, servindo os outros; nunca mais viveria para mim mesma, para minha família ou para realizar os meus desejos pessoais. No começo, tudo era novo para mim. Embora eu tivesse sido criada como filha de pastor, estar casada com um era uma experiência completamente diferente. Era divertido, eu me ocupava aprendendo a cuidar da casa e a ser uma boa esposa para o meu marido. Havia algo novo todas as semanas: eventos na igreja, novos projetos de evangelização, pessoas novas, esposas de pastor recém-chegadas, novos milagres para contar e novas percepções da Palavra de Deus que mal podíamos esperar para compartilhar. Comecei a ajudar o meu marido mais e mais no seu ministério. Eu tocava teclado nas reuniões dele, ajudava-o no escritório e organizava as salas das igrejas velhas. Tornei-me uma atarefada esposa de pastor - e amava isso! Mas assim que o meu filho chegou, coloquei tudo de lado e dediquei todo o meu tempo e todos os meus esforços para cuidar dele. Olha, não foi nada fácil! Eu ficava em casa o dia inteiro, enquanto todas as minhas amigas trabalhavam dura na igreja e enfrentavam juntas os seus desafios. Eu estava sozinha. Passei a ser a última a saber das novidades, e aquela sensação de isolamento despertou todos os tipos de emoção dentro de mim. Lembro-me de ir ao shopping center no meio do dia e comprar uma blusa nova só para me sentir melhor. Que terrível! Eu nem precisava (e às vezes nem podia comprar). mas me sentia tão afastada de tudo aquilo que estava acostumada a fazer na Obra de Deus... Eu queria fazer parte dela, mas não podia, e às vezes me sentia como se estivesse sendo punida. E entõa eu descontava no meu filho Filipe. Sim, o pobre garotinho, que não tinha nada a ver com o que estava acontecendo, ficava cheio das minhas reclamações de como eu gostaria de estar onde toda a ação estava, mas não podia por causa dele. Eu não fazia as coisas para ele de todo o meu coração, e ele sabia disso. Passei a ter muitos problemas com Filipe. Todos os dias recebia reclamações dele na escola. As outras mães ficavam me olhando com desprezo; não importava  o quanto eu conversasse com Filipe ou quanto tempo eu passasse com ele, sempre se comportava mal na escola e me fazia passar por situações embaraçosas diante dos professores. Creio que ele também estava descontando as frustrações dele nas outras pessoas... Eu me sentia a pior mãe do mundo. Estava sempre em casa, mas era como se não estivesse. Eu negligenciava o meu papel. Sabia que Deus queria que eu ficasse em casa e cuidasse do meu filho, e eu obedecia, mas não de todo o coração. Eu queria estar em outro lugar. Queria estar onde eu havia jurado estar por toda a minha vida: no altar. Minha vida se tornou uma rotina e eu fiquei enfadada. Comecei a ter problemas no meu casamento por causa da minha insatisfação com o tipo de vida que levava. Enquanto o meu marido fazia a Obra de Deus com prazer, eu não gostava nem um pouco de trabalhar em casa. Mas eu me lembro do dia em que o ócio chegou ao fim. Lembro-me como se tivesse sido ontem. Parei de esperar que as coisas mudassem para mim; parei de esperar que meu filho melhorasse e que meu marido começasse a me incluir nos planos dele. Comecei a fazer as coisas acontecerem para mim. Primeiro, passei a orar para que Deus me mostrasse como poderia servi-Lo melhor onde eu estava. Sabia que Ele me queria ali, mas como eu poderia estar ali sem me sentir bem? Como eu poderia acrescentar na vida da minha família se eu me sentia frustrada o tempo todo? Fui honesta com Deus: "Eu sei que esta é a Sua vontade; sei que o Senhor me quer em casa cuidando do Filipe, mas não estou feliz aqui. Sinto-me distante da Obra à qual dediquei a minha vida. Ajude-me a servi-Lo aqui, em casa, e ainda assim ser parte da Sua Obra, Senhor. Eu não fui chamada para ficar em casa." E Ele me respondeu. Comecei a alcançar outras pessoas de casa. Passei a escrever artigos e a aconselhar as pessoas por meio de cartas e emails; comecei a buscar ideias de como fazer mais para Deus. E sabe o que acontece quando você se concentra numa ideia? Novas ideias começam a surgir. Tornei-me colunista da revista semanal da igreja, o que me levou a alcançar mulheres na igreja com as quais eu nunca tinha conversado. Muitas mulheres foram ajudadas através dos meus artigos, que logo se tornaram internacionais. Apenas alguns anos depois, o livro "Melhor do que Comprar Sapatos" foi lançado. Meus artigos fizeram sucesso e eu me tornei confiante o bastante para trabalhar mais sem sair de casa; passei a gravar programas de rádio e podcasts. De repente, o tempo que eu passava em casa passou a ter um gostinho de trabalho de verdade. Eu estava em casa, educando o meu filho e, ao mesmo tempo, ajudava o meu esposo na igreja. Eu me sentia útil - e você sabe como  isso é estraordinário. Quanto mais você dá aos outros, mais recebe de Deus. E a beleza de tudo isso é que, uma vez que você começa a ser criativa, não para mais. Você passa a gostar; é uma sensação de produtividade, vida, alegria e excitação.

ENVELHECENDO SEM FILHOS

Em 2 Reis 4:8- 17, lemos sobre uma mulher rica que vivia em Suném, a quem a Bíblia chama de sunamita e que levava uma vida bem simples. Ela já estava casada havia alguns anos, mas não tinha filhos - imagine como ela se sentia vivendo numa época em que os filhos eram uma prova de que Deus estava satisfeito com você. Ela era uma tia para muitos, mas não uma mãe. Isso devia ser muito difícil para ela, embora a Bíblia não entre em detalhes a esse respeito.

Certo dia, passou Eliseu por Suném, onde se achava uma mulher rica, a qual o constrangeu a comer pão. Daí, todas as vezes que passava por lá, entrava para comer. Ela disse a seu marido: Vejo que este que passa sempre por nós é santo homem de Deus. Façamos-lhe, pois, em cima, um pequeno quarto, obra de pedreiro, e ponhamos-lhe nele uma cama, uma mesa, uma cadeira e um candeeiro; quando ele vier à nossa casa, retirar-se-á para ali. (2 Reis 4:8-10)

Como é bonito ver uma mulher ter ideias brilhantes como essas. Acho que o marido dela jamais pensaria nisso. Não que ele não se importasse, mas por se tratar de uma "coisa de mulher" ... Gostamos de nos colocar no lugar dos outros. Ela deve ter se compadecido de Eliseu, viajando o tempo todo, sem ter uma família, mas sempre pronto a ajudar os outros. Ela foi criativa. Teve a ideia de construir um quarto em cima de sua casa - o que significa que não havia um quarto sobrando. Uma vez que você se torna criativa, as ideias surgem na sua mente. Ela até pensou numa cadeira e num candeeiro para ele. Ele pôde visualizá-lo hospedando-se em sua casa, passando mais tempo que o normal, descansando e tendo um lugar aconchegante para ficar.

Um dia, vindo ele para ali, retirou-se para o quarto e se deitou. Então, disse ao moço Geazi: Chama esta sunamita. Chamando-a ele, ela pôs-se diante do profeta. Este dissera ao seu moço: Dize-lhe: Eis que tu nos tens tratado com muita abnegação; que se há de fazer por ti? Haverá alguma coisa de que se fale a teu favor ao rei ou ao comandante do exército? Ela respondeu: Habito no meio do meu povo. Então, disse o profeta: Que se há de fazer por ela? Geazi respondeu: Ora, ela não tem filho, e seu marido é velho. Disse Eliseu: Chama-a. Chamando-a ele, ela se pôs à sua porta. Disse-lhe o profeta: Por este tempo, daqui a um ano, abraçarás um filho. Ela disse: Não, meu senhor, homem de Deus, não mintas à tua serva.

Concebeu a mulher e deu à luz um filho, no tempo determinado, quando fez um ano, segundo Eliseu lhe dissera. (2 Reis 4:11-17)

É isso o que acontece quando você é criativa: até os sonhos que já se encontram esquecidos são reavivados. Você dá asas às suas habilidades e acaba conquistando coisas que jamais pensou em conquistar. Aquela mulher nunca pediu um filho, ela nunca pediu algo em troca, mas a sua atitude para com Eliseu significou muito para ele.

Às vezes, quando você é criativa, não tem ideia da magnitude do seu projeto. Eu certamente nunca pensei que chegaria aonde estou hoje ao começar a escrever pequenos artigos.

É bem provável que aquele quarto extra construído para Eliseu tenha sido usado mais tarde pelo seu filho recém-nascido. Quem podeira imaginar que um simples ato de criatividade e bondade estaria na verdade trazendo à existência um novo membro da família?

Já ouvi mulheres dizerem que não são criativas e, embora eu saiba que é exatamente assim que elas se veem, sei que isso não é verdade. Qualquer pessoa pode ser criativa, pois isso é um talento dado por Deus a todos. Já nascemos com a criatividade instalada em nosso cérebro - é só tomarmos posse dela!

Em que área da sua vida você pode se tornar mais criativa? Como você pode se tornar mais atenta às oportunidades à sua volta?

Próximo Título: Ela tem dignidade... aguarde!

Nenhum comentário:

Postar um comentário